Para entender o ensino da arte e suas relações com a educação escolar e o processo histórico-social, é necessário esclarecer a interconexão entre história, arte e ensino, todas resultantes da ação humana. A arte sempre acompanhou o homem, mas o ensino sistematizado de arte é recente. Inicialmente, o aprendizado era informal, baseado na imitação dos artistas experientes. Hauser (1994) observa que o artista paleolítico já constituía uma classe profissional. Feldman (1995) destaca que a oficina era a única escola de arte. No Brasil, os jesuítas usaram a arte para fins educativos. Com a industrialização, o ensino de arte incorporou o conhecimento técnico. Dewey (2002) observa que a arte se integrou ao conhecimento humanista e científico. A partir da década de 1970, a disciplina de Educação Artística tornou-se obrigatória, ganhando notoriedade com a LDB 9394/96 e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1997). Os PCNs destacam a importância de conhecer a contextualização histórica e os conceitos do conhecimento artístico, enfatizando que todas as áreas devem ajudar o aluno a inserir-se na sociedade. O ensino de arte abrange artes visuais, música, teatro e dança, exigindo formação específica para professores (PCNs, 1997). Barbosa (1975) ressalta a importância de compreender a função da arte. Dewey (1929) aborda o papel mediador do professor, enquanto Fusari e Ferraz (1992) e Banks (2001) enfatizam a necessidade de uma formação sólida e culturalmente consciente para os educadores. Esta pesquisa terá quatro eixos metodológicos complementares. Primeiro, uma revisão bibliográfica sobre a história do ensino de arte e a formação de professores. Segundo, uma análise do material de trabalho dos professores da rede pública, baseado no PNLD/MEC. Terceiro, observações em escolas do Ensino Médio em São Luís, incluindo entrevistas e aplicação de questionários. A pesquisa será descritiva e bibliográfica com abordagem qualitativa, conforme Rauen (1999) e Ludke e André (1995).