A educação no Brasil enfrenta desafios significativos, especialmente no processo de ensino-aprendizagem, com a missão de preparar alunos para serem cidadãos críticos e informados. Inovações pedagógicas e estratégias diferenciadas são importantes para despertar o interesse dos estudantes e desenvolver sua visão crítica. No contexto do ensino de ciências, o ensino experimental, introduzido no currículo na década de 1930, visa romper com métodos tradicionais, mas muitos professores ainda utilizam abordagens convencionais, resultando em poucas aulas práticas. A pesquisa foi realizada durante a Exposição "Bicharada" em 2023, como parte do projeto de Extensão "Insetos na Escola". Metodologicamente, adotou-se a abordagem quali-quantitativa com objetivo de avaliar a importância das aulas práticas no ensino de Biologia, utilizando questionários com questões abertas e fechadas aplicados a alunos do Ensino Médio em três escolas do sul do Piauí após visitas ao laboratório de zoologia da UFPI. Foram aplicados 75 questionários abordando perfil dos alunos, experiência acadêmica e avaliação do projeto. Os resultados mostram que todas as escolas carecem de laboratórios, o que impede a realização de aulas práticas de maior complexidade para o nível escolar dos alunos. Apesar de não possuir infraestrutura adequada nas instituições, 96% dos alunos reconhecem a importância dessas aulas, 92% afirmam ter adquirido conhecimento relevante, 90% acreditam que esse conhecimento será útil para o ENEM e 92% demonstra interesse em participar de mais projetos práticos. A pesquisa destaca que atividades práticas em ciências e biologia são essenciais para estimular a curiosidade e o interesse dos alunos, proporcionando uma dinâmica distinta de aprendizado. As aulas práticas são cruciais para o desenvolvimento do ensino de biologia, sendo necessário equipar escolas com infraestrutura adequada. A interação entre universidade e comunidade através de projetos de extensão é vital para tornar o conhecimento acadêmico mais acessível.