Neste trabalho proponho uma reflexão sobre a urgência do letramento para a educação das relações étnico-racial, que vise uma aprendizagem efetiva e integral do sujeito, possibilitando assim a formação e representação positiva de si e do outro. Tendo como objetivo reconhecer a importância do letramento para a educação das relações étnico-raciais e a necessidade de reparação dos sujeitos subjugados no processo de construção da sociedade brasileira. Fomentando a partir da educação infantil práticas de letramento racial que tiram o branco do lugar de privilégio, ao contar histórias dos povos que foram subalternizados e teve suas histórias contadas sob o ponto de vista ocidental. Sabe-se que o indivíduo nas suas relações cotidianas entra em contato com uma variedade de informações que a permite criar uma leitura de mundo particularizada, e é nesse sentido que a prática pedagógica voltada à educação letrada deve se efetivar, oportunizando o alcance de níveis qualitativos de aprendizagens. Vale ressaltar que não será a exclusão da história ocidental, mas a inserção das outras histórias que foram negadaspara que haja representação de todos os sujeitos que contribuíram/contribuem na formação da sociedade brasileira, promovendo o conhecimento de outros tipos de representações e padrões a serem seguidos, sanando assim, com o epistemicídio e avançando caminhos que conduzam uma educação antirracista. A fim de apresentar fundamentações para um letramento racial que desconstrua uma educação cristalizada no modelo hegemônico de ensino e explorar as possibilidades de uma educação orientada em múltiplas histórias e outros letramentos.