A exaustão é caracterizada como uma forma de esgotamento ou fadiga extrema. No contexto acadêmico, observa-se uma escassez de estudos científicos voltados para a exaustão na parentalidade. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracteriza por graus variados de comprometimento social, na comunicação, na linguagem e pela presença de comportamentos restritos e repetitivos. Nos dias atuais, com a maior participação das mulheres no mercado de trabalho e os avanços tecnológicos, quando somadas às responsabilidades de criar os filhos, podem levar à fadiga e à exaustão parental. Esses fatores, juntamente com os altos níveis de cuidado e as adaptações exigidas para uma criança ou adolescente com TEA podem levar as mães de filhos/as atípicos/as a terem uma maior propensão a altos índices de exaustão, apesar da pouca quantidade de pesquisas científicas fazendo essa correlação. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo comparar o nível de exaustão parental em mães de crianças e adolescentes com TEA em relação a mães de crianças e adolescentes em desenvolvimento típico. Com este intuito, os instrumentos aplicados foram a Escala de Exaustão Parental e um questionário sociodemográfico. Participaram dessa pesquisa 30 mães de crianças e adolescentes com TEA e 30 mães de crianças e adolescentes em desenvolvimento típico. O estudo está em fase de análise dos dados coletados. A hipótese central deste estudo sugere que as mães de filhos/as com Transtorno do Espectro Autista possuem uma maior probabilidade de enfrentar níveis elevados de exaustão parental em comparação com mães cujos filhos/as apresentam um desenvolvimento típico.