O presente artigo aborda o uso de origami como recurso didático, aplicado em uma oficina, com o intuito de agregar no ensino da reprodução das angiospermas, buscando combater a "cegueira botânica", que é a incapacidade de reconhecer a importância das plantas no ecossistema e no cotidiano. Isso ocorre pelo ensino excessivamente teórico e pouco envolvente da biologia vegetal. Para contornar essa questão, a proposta da oficina é utilizar metodologias ativas que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem, promovendo a construção de modelos de flores em origami para ensinar de forma lúdica as estruturas reprodutivas das angiospermas. As atividades incluem a formação de pétalas, caule e estruturas reprodutivas, seguidas de sua decoração e montagem. Este método visa aumentar a compreensão e o interesse dos alunos pela botânica, conectando o aprendizado a elementos do seu cotidiano, como flores comuns e agentes polinizadores. A aplicação prática deste recurso foi baseada na construção de modelos tridimensionais de flores populares como o hibisco e a rosa, aproximando os estudantes da realidade. O estudo destaca a importância de métodos educativos inovadores e interativos na promoção do interesse pela biologia vegetal, contribuindo para a formação de uma consciência ecológica mais ampla. Durante a oficina, os alunos criaram modelos tridimensionais de flores, utilizando papel colorido e outros materiais simples, para identificar e nomear as partes reprodutivas. Ao término da atividade houve um retorno dos participantes que gostaram bastante da abordagem proposta e também se mostraram entusiasmados com o assunto. Sendo assim, este método visa não apenas ensinar a biologia das angiospermas, mas também despertar o interesse e a valorização das plantas no cotidiano dos estudantes.