A educação desempenha um papel crucial na promoção da igualdade racial e na construção de uma sociedade mais justa e inclusiva. No Brasil, a implementação de políticas educacionais que abordam as relações étnico-raciais tem sido um passo importante para combater o racismo e valorizar a diversidade cultural. Este artigo explora a importância da educação nas relações étnico-raciais, analisa as políticas públicas implementadas, e discute os desafios e perspectivas para a efetiva inclusão e valorização das diferentes etnias no ambiente educacional. Utilizando uma abordagem qualitativa, a pesquisa envolveu a revisão bibliográfica de obras fundamentais e a análise documental de leis e diretrizes curriculares. Entre as principais políticas analisadas estão a Lei 10.639/2003 e a Lei 11.645/2008, que tornaram obrigatórios o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, respectivamente. A revisão da literatura destacou a importância dessas leis na promoção da diversidade cultural e na desconstrução de preconceitos. Autores como Paulo Freire, Nilma Lino Gomes e Kabengele Munanga forneceram uma base teórica sólida para a discussão. Os resultados apontam que, apesar dos avanços, a implementação das políticas enfrenta desafios significativos, incluindo a resistência cultural, a falta de formação adequada dos professores e a escassez de materiais didáticos específicos. É necessário investir na formação contínua dos educadores e na produção de materiais que valorizem a diversidade. Promover também um ambiente escolar inclusivo é fundamental para o sucesso dessas políticas. Este estudo conclui que a educação é uma ferramenta poderosa na luta contra o racismo e na promoção da igualdade étnico-racial. A efetividade das políticas públicas depende de um compromisso coletivo e de ações contínuas para transformar a educação em um instrumento de igualdade e justiça social.