A pesquisa realizada aborda a interseção entre Psicanálise e Educação, enfocando o enfrentamento dos desafios presentes no ambiente escolar. Um dos pontos centrais discutidos é a importância de reconhecer o saber do aprendiz, conforme defendido por Paulo Freire, em sintonia com a prática analítica que valoriza a escuta empática e ativa como resposta ao mal-estar escolar, caracterizado por sintomas como ansiedade, angústia e violência, resultantes das tensões entre demandas pulsionais e culturais discutidas por Freud. Nessa perspectiva, este estudo articula crítica a cultura de ódio e indiferença que invalida a experiência dos sujeitos na comunidade escolar, exacerbando seu sofrimento, assim como ressalta que a falta de uma escuta adequada pode resultar em indisciplina escolar, vista como um sintoma dessa negligência, visto que a abordagem educacional muitas vezes mascara esses sintomas, gerando um silenciamento do sofrimento que deveria ser acolhido e trabalhado. Portanto, é discutido como a escuta emerge como uma ferramenta fundamental na gestão do sofrimento no contexto escolar, contribuindo para a modulação de afetos e emoções.