Uma das formas fundamentais de conhecimento é dada pela experiência. A performance é a expressão de uma experiência em que o passado se reatualiza no presente. Neste trabalho, analisarei de que forma o corpo, a performance e a experiência podem se convergir a um modelo de pedagogia decolonial escolar a partir de um letramento sociológico. Para tanto, observei a partir de demarcações do corpo engendradas pela prática ou regência, principalmente, de duas estudantes licenciandas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) a em uma disciplina eletiva sobre gênero e sexualidade na Escola Francisco Ernesto do Rêgo, município de Queimadas-PB. Lançar mão de uma literatura que permeia tanto o corpo, performance, mas também a decolonialidade se faz necessário neste texto. Importante mencionar que não se trata aqui de buscar uma significação densa e misteriosa, já comunico que isso não é a intenção aqui. Deve-se, pelo contrário, mostrar a articulação entre o corpo e a história, transgredindo processos de colonialidade professoral a partir de uma pedagogia dialógica decolonial, entretanto deve-se também apresentá-la em uma “perspectiva infinita dos conflitos”, demonstrando assim uma representação que jamais é completa em si, mas que se acha aberta e continuamente comparada com a vida representada. Como já dito, a busca por uma pedagogia decolonial fomentou o processo performático das regentes licenciandas em questão, e o “drama” professoral passou a compor todo o processo de ordenamentos e rupturas dessa experiência. A audiência, os alunos, ecoaram nesta prática a uma perspectiva de transgressão ou subversão frente a lógica colonialista educacional.