A pesquisa em desenvolvimento discute as possibilidades do uso das metodologias ativas no ensino de física em comparação ao ensino tradicional. Estudos indicam que os nativos digitais presentes nas escolas estão imersos em uma realidade de disponibilidade de informação e tecnologia. Por outro lado, o ensino de física ainda se baseia em um viés de racionalidade técnica, que favorece a memorização e o ensino para testagem, distanciando-se da realidade vivida pelas novas gerações e dificultando uma educação científica de qualidade. Dessa forma, busca-se compreender quais metodologias ativas estão sendo adotadas como alternativas ao ensino tradicional expositivo, por meio da constituição de um panorama sobre a temática. Utilizou-se a metodologia do Estado do Conhecimento para investigar os trabalhos stricto sensu do Brasil entre os anos de 2008 e 2021. Os resultados quantitativos preliminares indicam que oito metodologias são as mais utilizadas pelos pesquisadores, destacando-se o Ensino por Investigação, Instrução por Pares e a Sala de Aula Invertida. Existem produções que utilizam metodologias combinadas, com destaque para a ocorrência elevada de Ensino sob Medida com Instrução por Pares. As regiões que mais pesquisam a temática são Sudeste e Nordeste. Os dados evidenciam que os professores de física têm adotado alternativas ao ensino expositivo em várias áreas do conhecimento físico.