O Projeto de Extensão “Educação e Psicologia: Mediações Possíveis em Tempos de Inclusão”-EPMPTI, iniciado em 2010, tem como principal propósito fomentar a inclusão social e educacional em diversos contextos de aprendizagem. Nele, inclusão é compreendida como o processo de garantir que as pessoas pertençam a um determinado ambiente e tenham a capacidade de agir de forma autônoma e cidadã. O objetivo deste trabalho é descrever a atuação dos/as integrantes do projeto com diferentes comunidades educativas, com vistas a realizar Ações de Acolhimento. Isto porque, em 2023, o Projeto EPMPTI foi chamado, por comunidades que se constituem como diferentes espaços de aprendizagem, a atuar em ações de Acolhimento, haja vista as demandas advindas de um mundo pós-pandêmico, a saber: i)ampliação da desigualdade social; ii) violação de direitos humanos– preconceito e discriminação; iii) aumento de pessoas com transtornos psiquiátricos; iv) estabelecimento da desconfiança na interação interpessoal; v) medo excessivo de interagir; vi) atitudes violentas nas interações interpessoais e vii) prejuízo nos processos cognitivos de atenção e memória. Para realizar esta pesquisa, consultamos diários de campo dos/as membros do projeto e, também, relatórios anuais de prestação de contas. Os resultados mostraram que, para intervir diante de tantos contextos educacionais diferentes, como escolas, campi universitários, quadras, entre outros, era necessária uma metodologia que garantisse itinerários flexíveis de atuação. Em nosso caso, escolhemos a metodologia qualitativa com delineamento de pesquisa-ação. Ela foi utilizada para identificar os problemas, planejar, executar e avaliar intervenções. Esta metodologia permitiu reconhecer cada território e, também, público participante. Por outro lado, ficou evidente que organizar as intervenções no formato de oficinas, que entrelaçam arte e ciência, foi o pretexto adequado para o desenvolvimento de habilidades sociais, pautadas pela solidariedade, justiça e respeito.