Neste trabalho será sintetizado a questão do autismo feminino. O Transtorno do Espectro Autista-TEA é presente não somente no sexo masculino, mas por questões sociais, culturais o diagnóstico do autismo no sexo feminino é registrado tardiamente. É muito mais corriqueiro haver pesquisas voltadas para a criança autista, representada por um menino. Porém indiscutivelmente quando o assunto é casos de autismo feminino, as pesquisas são mais reduzidas. Os questionamentos a respeito do público feminino com TEA têm poucas referências na literatura, além de pouco representado na ficção, onde sempre o protagonista é um personagem do sexo masculino. Os casos femininos são muito pouco analisados, sendo mais escassos, ocultados, mas não inexistentes. A engenheira Temple Gradin e a ambientalista Greta Thunberg são exemplos de superação na sociedade atual. Para um modesto debate, o referencial teórico-metodológico neste contexto, estariam os apontamentos das escritoras Butler e Beauvoir, com significativas representações do feminismo interagindo com o legado dos psiquiatras Kanner, Asperger e Rutter. Focando no contexto de casos de TEA entre o sexo feminino, a pedagoga Sílvia Orrú, as jornalistas Selma Sueli Silva e Sophia Mendonça, entre as poucas obras nacionais. Cito Lisa Morgan, Sarah Hendrickx, como escritoras estrangeras. Abreviando o assunto há pouco interesse na melhoria da qualidade de vida do autista, desde o momento do diagnóstico, passando pelo Sistema da Educação, da Saúde, do Mercado de Trabalho, do acompanhamento nutricional, moradia e habitação previstos pela lei 12764/2012. Sabemos que é difícil ser autista em um país que não prioriza nem a Educação nem a Saúde, ainda que seja do sexo masculino pertencente à classe média. Agora podemos presumir como de fato é bem mais difícil para uma criança do sexo feminino, pobre, parda, moradora de uma comunidade carente, matriculada em uma escola pública ser portadora do TEA.