Esta pesquisa tem como objetivo central mapear e elaborar reflexões críticas acerca dos sistemas de crenças sobre ensino e aprendizagem de oralidade em língua inglesa de professores em formação inicial do curso de Letras/Inglês da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). O estudo configura-se como uma investigação de natureza qualitativa, uma escolha justificada pela compreensão de crenças como fenômenos complexos, que podem ser sistematicamente investigadas a partir de uma teia de narrativas com o potencial de revelar vivências e emoções constitutivas das subjetividades dos participantes. Como estratégia para a geração de dados, administramos um questionário através da ferramenta Google Forms, dividido em três seções, através das quais pudemos observar questões concernentes ao perfil dos participantes, suas biografias de aprendizagem de língua inglesa, bem como suas crenças em relação às experiências de ensino e aprendizagem de oralidade em inglês. Nesse sentido, o corpus desta pesquisa constitui-se pelas respostas dadas pelos 10 discentes participantes, distribuídos entre o primeiro e o décimo período do Curso de Licenciatura em Letras/Inglês da UFERSA. Em termos teóricos, a pesquisa ancora-se em estudos seminais para a discussão de três eixos temáticos principais, a saber, (1) oralidade em língua inglesa (Ur, 1996; Boonkit, 2010; Consolo, 2000), (2) crenças sobre aprendizagem de língua estrangeira (Barcelos, 2001; Barcelos; Almeida Filho, 1995; Gimenez, 1994), bem como (3) a relação entre crenças e a oralidade em língua estrangeira (Cohen; Fass, 2001; Dincer; Yesilyurt 2013; Yoshida, 2013 e Dincer, 2017). A análise dos dados nos revela que os professores em formação acreditam ser difícil ensinar oralidade no contexto de escola pública, ressaltando como justificativa o perfil dos profissionais e as demandas particulares do cenário em questão. Suas crenças sobre aprendizagem indicam um foco na relevância da acurácia e exposição à língua como garantias para um desempenho satisfatório em termos de oralidade.