Artigo Anais do X Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE E DA CULTURA EM VIVÊNCIAS DE UM PROJETO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Publicado em 08 de novembro de 2024

Resumo

A identidade de um povo constitui-se patrimônio histórico e cultural de grande relevância na construção de uma visão subjetiva de si mesmo, por isso, sendo importante ainda nas primeiras socializações estruturadas vividas pelas crianças. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo investigar as vivências de um projeto que trabalhou a cultura nordestina com vinte crianças pequenas no segmento creche de um Centro de Educação Infantil (CEI), a fim de dialogar com elas acerca das construções socioculturais do povo nordestino e suas regionalidades, incluindo aspectos dos biomas, musicalização, culinária e arte. Como metodologia, foi utilizada uma abordagem qualitativa, de cunho descritivo e interpretativo, a respeito das vivências realizadas no projeto, que foram: a) Apresentação de diferentes paisagens e animais oriundos da região Nordeste, por meio da oportunização de elementos naturais in loco e de imagens e vídeos dos animais desta região; b) Explanação sobre quadros de artistas nordestinos, seguida das representações das obras feitas pelas crianças; c) Dialogicidade sobre músicos e artistas nordestinos, como Luiz Gonzaga, por meio de vídeos animados das canções “Asa Branca” e “Sabiá”; d) Desenho e pintura das plantas e dos animais da região, a partir do desenho livre e de observação, com uso de diferentes suportes e riscantes; e) Participação em um chá da tarde com comidas regionais. Os resultados evidenciaram que o projeto possibilitou a construção positiva da identidade das crianças, situadas em uma ancestralidade, e revelando a curiosidade, o encantamento e as descobertas feitas por elas de uma história a qual fazem parte. Além disso, foi possível observar as suas autonomias, evidenciando a importância das interações, da escuta atenta e da participação nas infâncias. Por meio das vivências, as crianças puderam construir suas identidades pessoais e coletivas em seus grupos de pertencimento, em meio aos processos de subjetivação de cada uma delas.

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