A promoção à saúde mental perdura como agenda necessária no contexto da Educação Superior, demandando ações permanentes de enfrentamento ao adoecimento da comunidade acadêmica bem como ações de promoção ao bem-estar, ao bem-viver e à qualidade de vida. A Extensão Universitária, processo de natureza interdisciplinar, educativa, cultural, científica e política, pode ser uma ferramenta de transformação social, humanizando as práticas e as relações na universidade. Assim, a Extensão se apresenta como dimensão que provoca reflexão, estimulando o debate e atuando e se renovando na(s) prática(s), com base nas suas diretrizes, como o impacto e a transformação social e o impacto na formação do estudante. No Centro de Ciências da Saúde (CCS), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o projeto de extensão “Saúde Mental no CCS: construção de uma proposta de diálogos, formação e transformação” (2023-2024) propõe a interlocução entre saúde mental e Extensão Universitária, na perspectiva da Assessoria Pedagógica Universitária. O objetivo principal deste trabalho é analisar este projeto de extensão e, mais especificamente, apontar o percurso para sua elaboração, além de identificar os produtos obtidos. Este trabalho se apresenta quanto ao método como uma pesquisa social, do tipo estudo de caso, adotando como ferramenta metodológica as técnicas de observação participante e de análise de conteúdo. Como referencial teórico-metodológico, foram considerados os debates sobre Extensão Universitária, Saúde Mental e Assessoria Pedagógica Universitária. Entre os resultados encontrados, se destacam: a) a importância dos agentes na composição do projeto, b) a diversidade de produtos derivados do projeto e c) a previsão de uma agenda para as próximas ações. Estes achados reforçam a centralidade da Extensão Universitária frente à demanda urgente por promoção à saúde mental. Também apontam que a integração da Assessoria Pedagógica tem potencial para amplificar os resultados e enriquecer o debate sobre a temática.