O presente artigo objetiva analisar a expansão dos cursos de licenciatura na modalidade à distância (EaD), durante o período da pandemia do Covid-19 (2020 - 2022) e o aprofundamento da mercantilização da educação superior no Brasil. Dito isto, partimos da premissa de que há forte ingerência dos organismos internacionais, que concebe a educação como um serviço, e não como um direito de responsabilidade do Estado, favorecendo o setor privado que tem trilhado os rumos neoliberais para a Educação, predominantemente, por meio do uso da EaD. Recorremos metodologicamente nesta pesquisa – em sua fase inicial – a pesquisa bibliográfica e análise documental, utilizamos a coleta de dados do INEP/MEC (2022) alinhado a isso, aplicamos a abordagem quali-quantitativa. Em nossas análises, evidenciamos o crescimento exponencial do setor privado no Ensino Superior brasileiro no contexto da pandemia do Covid-19, representando mais de 80% do total de Instituições de Ensino Superior, somado a isso, apontamos o aumento de 50% do número dos cursos de graduação à distância. Ademais, percebemos a redução da quantidade de licenciaturas na modalidade presencial, concomitante a uma expansão massiva nos cursos de formação docente na modalidade EaD. Por fim, evidenciamos que a formação docente no contexto pandêmico sofreu severo aprofundamento mercantil na sua oferta assumindo assim a lógica neoliberal. Com a finalidade de tratar a educação cada vez mais como uma mercadoria sujeita às leis do mercado e à lógica do lucro. Isso envolve uma série de práticas e políticas que transformam a educação em um produto comercializável, em vez de um bem público ou um direito fundamental.