No debate atual da educação as questões de gênero e sexualidade é uma das temáticas que estão no centro do debate público sobre educação. Primeiro pelo desenvolvimento e crescimento de pesquisas e produções acadêmicas de qualidade sobre gênero, orientação sexual e diversidade sexual, e segundo pela ofensiva dos grupos conservadores que contestam e se utilizam de vários meios e estratégias para impor um pensamento retrógrado, opressor e autoritário que só castra a liberdade e acesso ao conhecimento dos estudantes e não possibilita uma educação democrática e integral. Essa disputa é resultado de um processo histórico que podemos observar no Brasil desde a colonização, no movimento da Educação Nova, até os dias atuais. Este trabalho tem o objetivo de apresentar e refletir sobre o processo histórico acerca da diversidade sexual na educação brasileira. Para isso, realizamos uma pesquisa bibliográfica a partir dos autores Cicone e Moraes (2016), Xavier (2004) e Reis e Egert (2017). Como análise foi realizada também de matérias jornalísticas da atualidade. A partir de alguns fatos históricos e situação que acontecem no cotidiano das escolas é perceptível que os conflitos acerca das sexualidades nas escolas muito presentes nos dias atuais é o resultado de um processo histórico de uma educação que ainda está alicerçada em bases coloniais, conservadoras e religiosas, apesar apesar do nosso país adotar um regime democrático e um sistema educacional laico. Ainda percebe-se, na atualidade, uma ofensiva articulada nacionalmente para impedir que os conhecimentos acerca de gênero e sexualidade não sejam debatidos na escola e que não seja respeitada a identidade e sexualidade dos estudantes, essas concepções retrógradas e preconceituosas está cerceando o direito dos estudantes do acesso e permanência de parte dos estudantes da escola e prejudicando a aprendizagem dos mesmos.