A oficina roda de conversa dialógica surgiu da necessidade de intervir junto aos estudantes do IFTM – Campus Ituiutaba diante da quantidade de alunos que são atendidos pela coordenação de apoio ao estudante com crises de ansiedade e relatos de alunos que já fazem atendimento por profissionais fora da instituição. Trata-se de um método criado por Paulo Freire (1993) e foi utilizado para discutir reflexos da saúde mental na aprendizagem e nas diversas etapas da vida. Outros dados relevantes que contribuíram para sua utilização foram os estudos da Academia Americana de Psiquiatria da Infância e da Adolescência e a OMS-Região Europeia. Destaca-se que uma em cada cinco crianças apresenta evidência de problemas de saúde mental e este peso tende a aumentar durante a adolescência e vida adulta, sendo que em cada 100 pessoas 30 sofram, ou venham a sofrer, num ou noutro momento da vida, de problemas de saúde mental e que cerca de 12, tenham uma doença mental grave. As causas do adoecimento mental variam de pessoas para pessoas podem ser provenientes de fatores genéticos, infecciosos e traumáticos, da entrada na escola, passagem da infância para a adolescência, menopausa processo de envelhecimento, acontecimentos e dificuldades variadas. Essas características, entre outras descritas em literatura científica, podem causar perturbações na saúde mental das pessoas em qualquer idade. Considera-se também que a ansiedade, crise de pânico, seguidas de depressão são tipos de doenças mentais mais frequentes, são causa importante de incapacidade ao longo da vida. Diante dos fatos, a roda de conversa surge enquanto metodologia que utiliza o diálogo como forma de troca de conhecimento e aprendizagem sendo bem aceita entre os alunos participantes das oficinas, pois falar em público de seus traumas cotidianos é muito difícil e a roda de conversa além de trazer informações relevantes facilita a troca de experiências.