A implementação de uma política curricular da Libras em uma instituição federal é fundamental para atender às necessidades da comunidade surda e garantir sua inclusão e acesso à educação. A comunidade surda não se limita apenas aos indivíduos surdos, mas engloba diversos sujeitos ouvintes que compartilham espaços de convivência e interesses em comum. A proficiência em Libras varia consideravelmente de acordo com as oportunidades de aprendizado e prática, sendo essencial para a construção da identidade surda e a participação plena na sociedade, conforme Strobel (2009), Newport (1999) e Ladd (2013). O desenvolvimento da linguística das línguas de sinais permitiu a compreensão e descrição dessas línguas, destacando sua natureza visual e espacial, bem como sua eficácia na comunicação, como apontado por Quadros (2019) e Gesser (2012). No entanto, a diversidade de abordagens na educação de surdos reflete a complexidade do tema e a necessidade de uma política curricular que reconheça e valorize a Libras como língua de instrução (BRASIL, 2021). O ensino de Libras no contexto brasileiro enfrenta desafios, como a falta de unidade institucional e reconhecimento institucional, resultando em variações na carga horária e nos conteúdos programáticos. A ausência de um padrão nacional de proficiência em Libras também pode prejudicar a inclusão e a progressão adequada no aprendizado da língua, ancorado nos estudos de Proença, Andrade e Andrade (2016), Carniel (2018), Antonio e Kelman (2019) e Kendrick e Cruz (2020). Portanto, é necessário estabelecer uma política curricular sólida que reconheça a importância da Libras como língua de instrução e promova sua inclusão nos cursos de formação de professores e em outros contextos educacionais. Isso contribuirá para a valorização da cultura surda, o respeito aos direitos linguísticos e culturais das pessoas surdas e a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.