É evidente que a história das pessoas com deficiência é marcada pelo preconceito e exclusão social, principalmente no campo educacional brasileiro onde ainda hoje essas pessoas encontram-se à margem, mesmo com a existência de políticas públicas de inclusão, que resultaram no crescente número de matrículas nas escolas públicas de Ensino Básico. Entretanto, é importante ressaltar, que esse grande número de matrículas não significa necessariamente a real inclusão dessas pessoas e que é necessário analisar como o ensino vem sendo destinado à pessoas com necessidades específicas de aprendizagem. Com base nesta informação, o presente trabalho busca reduzir as barreiras metodológicas que atrapalham o processo de aprendizagem, tornando a prática pedagógica mais flexível e acessível para todos os alunos através do uso do Desenho Universal da Aprendizagem (DUA) no componente curricular de Geografia, para refletir sobre as condições do ensino-aprendizagem para alunos de 6º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas municipais de Crateús, Ceará, cidade localizada a 350 km da capital cearense. A metodologia é voltada a pesquisa qualitativa exploratória, consistindo na análise de textos e artigos de Rosa et. al (2023), Navarro e Malavasi (2023), Silva (2021), Ribeiro e Lustosa (2020), Morais (2022) e Andrade e Aguiar (2018), bem como de documentos oficiais, na realização de entrevistas com professores de geografia que lecionam em 6º ano da rede básica, para constatar se os mesmos utilizam a confecção de materiais didáticos 3D e aplicação desses nas escolas-alvo da investigação. A pesquisa é resultado do “IV Prêmio de Pesquisa e Inovação” do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crateús e encontra-se em fase de desenvolvimento. A pesquisa visa compreender como a aplicação do DUA e o uso de materiais didáticos 3D afetam o aprendizado dos alunos e seus resultados serão importantes para avaliar a eficácia dessas práticas.