A interação entre cultura e matemática é um fenômeno complexo e multifacetado que permeia todas as sociedades. A maneira como as pessoas percebem, entendem e ensinam matemática é profundamente influenciada pelos contextos culturais em que estão imersas. Na realidade brasileira, há um discurso amplamente difundido no qual a matemática é desvalorizada e vista como um "monstro de sete cabeças", "chata" e "difícil". Essas percepções enraizadas exercem uma influência significativa na dinâmica do ensino e aprendizagem da disciplina. Os alunos, já munidos com essa bagagem negativa, entram na sala de aula predispostos a resistir ao conteúdo, prejudicando assim a abertura e receptividade necessárias para absorver os conceitos matemáticos de forma eficaz. Esse fenômeno não apenas cria uma barreira emocional, mas também impacta diretamente a autoconfiança dos estudantes em relação às suas habilidades matemáticas. A ideia de que a matemática é inacessível ou profundamente difícil pode gerar um ciclo de reprodução, onde os alunos se convencem de suas próprias limitações antes mesmo de tentar entender o assunto. Essa mentalidade negativa não apenas prejudica o desempenho acadêmico, mas também afeta a motivação para aprender e explorar novos conceitos matemáticos. Realiza-se um estudo de Revisão Bibliográfica Sistemática onde tomamos as pesquisas produzidas e aplica-se estratégias que possibilitam limitar o viés de seleção de artigos e avaliá-los e sintetizá-los em um tópico específico. Dentre os olhares lançados pela Educação Matemática destaca-se a ênfase a predominância de aderir uma intervenção eficaz para abordar a percepção negativa da matemática na realidade brasileira, assim recorrendo a uma abordagem abrangente que combine conscientização, práticas pedagógicas sensíveis à cultura e apoio tanto para os alunos quanto para os educadores. Ao criar um ambiente de aprendizagem que valorize e celebre a matemática como uma ferramenta poderosa e relevante.