Com a demanda de alunos com deficiência em salas de aula regulares aumentando cada vez mais nos últimos anos, se torna necessário oferecer as condições necessárias para o seu processo de ensino e aprendizagem. No ensino de Química, o uso de jogos como ferramenta pedagógica auxilia o professor a fugir do tradicional, um ciclo de repetições constantes de fórmulas que não cativam os alunos, e atribui protagonismo aos estudantes. Diante disso, o presente trabalho aborda a produção e aplicação de um jogo didático como metodologia de ensino dos conceitos de termoquímica para alunos com deficiência visual. Para que haja a inclusão dos alunos cegos, foi necessário adaptar as casas, pinos e cartas, que foram transcritas para o Braille. O jogo foi aplicado com alunos da 1° e 2° série de uma escola pública de ensino médio, supervisionados pela professora Mariza Barbosa de Castro. No início da aplicação do jogo, os alunos aparentavam estar apreensivos, porém com o decorrer da partida, os participantes começaram a se engajar na metodologia, envolvendo um trabalho colaborativo entre os alunos. Além do mais, é utilizado regras de fácil entendimento, o que contribui para chamar a atenção dos alunos. Com isso, foi possível revisar os conceitos ministrados em sala, observando se os alunos compreenderam o assunto e detectar prováveis falhas, de maneira que funcione como ferramenta de fixação do conteúdo. Os resultados mostram que o jogo é sim um instrumento facilitador da aprendizagem para alunos cegos e com baixa visão, promovendo sua interação em sala de aula e facilitando a ampliação do seu conhecimento, pois com ele, o assunto pode ser repassado de forma mais atrativa e relevante para os estudantes.