Artigo Anais XI CONAGES

ANAIS de Evento

ISSN: 2177-4781

REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO NA INFÂNCIA: ESTUDO DE CASO DO FILME TOMBOY

Palavra-chaves: TOMBOY, GÊNERO, INFÂNCIA Pôster (PO) / Poster Submission Gênero, Sexualidades e Produção audiovisual
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Publicado em 03 de junho de 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: Ao nascermos somos lançados em relações de discurso normativo, onde as explicações sobre como devemos proceder com nossos corpos e desejos pairam sob uma ótica naturalista. Uma criança recebe um nome que a rotulará como sendo do gênero feminino ou masculino de acordo com seu sexo biológico. Como representações de gênero, consonante com Meyer (2004), compreendemos as formas como são representados os processos de construção social, histórica/linguística implicados na diferenciação entre mulheres e homens, nos quais produzem e sofrem os efeitos das relações de poder sobre os seus corpos. Tomaremos as relações entre meninos e meninas da película Tomboy (2011), dentro desse universo das representações de gênero, o encontro com o corpo em mudanças e/ou o desejo por essas mudanças. METODOLOGIA: O método elegido foi um estudo de caso do filme Tomboy, a partir do qual foram analisadas as representações de gênero na infância, considerando as vivências das crianças do filme, em especial de Laure, personagem principal, diante do seu sexo e de seu gênero. Assim, realizamos recortes pontuais de cenas da película que trouxessem abertura para a discussão de representações de gênero no contexto infantil. RESULTADOS E DISCUSSÕES: Através da análise fílmica, percebe-se que Laure tenta aprender comportamentos culturalmente masculinos para condizer com sua apresentação ao novo grupo social como Michael. Louro (1997) traz que gênero refere-se à forma como as diferenças sexuais são compreendidas em uma determinada sociedade, ou seja, não são as diferenças sexuais biológicas que delimitam as questões de gênero, mas as maneiras como essas questões são representadas na cultura, sendo tal conceituação de gênero consonante com as cenas de Laure/Michael reproduzindo tais comportamentos para ser reconhecida/o em seu grupo enquanto garoto. Nota-se, porém, uma fluidez na qual Laure perpassa pelos dois gêneros sem parecer haver uma preocupação em seguir padrões socialmente construídos do que é ser menino e do que é ser menina. A personagem não parece se incomodar com o fato de transitar pelos dois gêneros, visto que as representações de gênero de um ou de outro parecem lhe caber. Na concepção de Hall, o sujeito pós-estruturalista é percebido como esse ser provisório e circunstancial, o que vemos nitidamente em Laure/Michael, a/o qual transita pelos trejeitos tipicamente masculinos e femininos, em maiores ou menores proporções. CONCLUSÃO: A película nos traz uma criança que manifesta representações de gênero diferentes das normatizadas pela sociedade, na medida em que seus trajes e cabelos são tipicamente masculinos e, por vezes, seus comportamentos. Diante desse desejo de trajar-se como menino e se comportar como tal, a personagem principal nos provoca questionamentos no que diz respeito a sua identidade e sua representação de gênero. Antes de conclusões, o filme Tomboy nos suscita questões. Desde sua própria conclusão fílmica que não permite ao espectador ter certezas a respeito de Laure até implicações teóricas sobre este universo que são os estudos sobre gênero, das construções de identidades, das condições sexuais, bem como também das existências legítimas das possíveis não-categorias, não-gêneros e não-condições. As vivências “tomboy” estão sempre em reticências.

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