O presente trabalho visou analisar as concepções e teorias de Freud referente à sexualidade específica daqueles com orientação sexual classificada atualmente como homoafetividade. Esse tema surge dos estudos iniciais sobre o princípio da teoria de psicanálise e o interesse em aprofundar os conhecimentos nas questões da sexualidade desenvolvida a partir das ideias excêntricas entre o final do século XIX e início do século XX com repercussões psicológicas, filosóficas, políticas e sociais no contexto contemporâneo. Desse modo, ancora-se este estudo nos trabalhos de Freud (1905), Vieira (2009), Barrocas (2008) e Ceccarelli (2008). Partindo da revisão sistemática dos autores, pode-se observar que as formas de pensamento da religião predominante ainda contribuíam no senso comum da época e alguns parâmetros dos desvios eram utilizados por pesquisadores para tentar explicar na base científica o que caracterizava alterações repudiáveis no campo da sexualidade, porém pouco disso se torna fundamento na psicanálise em ascensão. A interface da homoafetividade compreendida na época do início da psicanálise em comparação os entendimentos atuais da sexualidade representam uma grande modificação do comportamento humano, principalmente na despatologização e os direitos humanos adquiridos por meio das lutas sociais. Enfim, os processos psicológicos marcados atualmente por preconceitos e discriminações outrora sem motivo aparente podem ser explicados a partir de concepções das teorias/ideias desenvolvidas através dos tempos, por isso apreender especificamente como Freud repercutiu entendimentos compreensíveis na sua história e as descendências desses pensamentos na atualidade colaboram na cultura LGBT por embasar o desenvolvimento biopsicossocial do ser humano em conflitos ou não com mudanças na estrutura heteronormativa.