As famílias contemporâneas têm sofrido mudança no seu modelo padrão nuclear. Consideramos neste estudo, a família como um conjunto de normas, práticas e valores que tem seu lugar, seu tempo, sua história e uma construção social que vivenciamos. As relações de produção, a remuneração, a sexualidade e os afetos, os papeis sociais de mulheres e homens, as delimitações do pessoal e privado e os discursos e normas jurídicas são alguns fatores que incidem sobre as relações na vida doméstica e dão forma ao que reconhecemos como sendo família. Tendo em vista a importância dessa mudança, pois ela afeta a sociedade no âmbito social, cultural, histórico e econômico o trabalho se propõe a abordar os novos arranjos familiares baseados em literatura especializada e nos dados estatísticos de pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE dentre os anos de 2004 a 2013. Os indicadores sobre as famílias têm como objetivo mostrar algumas características dos arranjos familiares brasileiros. Dessa forma pretende-se chegar o mais próximo do conceito sociológico de famílias, que considera os laços de consanguinidades, adoção ou casamento entre um grupo de indivíduo. As mudanças na composição e características dos arranjos familiares ocorreram inicialmente nas regiões cujo maior dinamismo socioeconômico levou a incorporação de novos hábitos e valores ao processo de reprodução social das famílias brasileiras. Com base nos dados analisados, concluímos que a consanguinidade é o eixo principal de composição dos arranjos familiares brasileiros. Na comparação entre os dados de 2004 a 2013, apesar da existência dos diversos arranjos familiares, a família nuclear tradicional continua predominante nas estatísticas oficiais.