Este trabalho objetiva discutir as noções das categorias engessadas de homem, mulher e gay nas das relações estabelecidas por personagens na obra Primavera nos ossos (2010) da autora Állex Leilla. As questões discutidas passam pela problematização das definições sobre o que é ser e pertencer a categorias enquanto definições engessadas, enquanto imposições criadas a fim de enquadrar os sujeitos, propondo uma desconstrução dessas categorias fixas, levando a criação de um espaço de trânsito para que as relações aconteçam sem necessidade de demarcações. Como resultado dessa pesquisa bibliográfica, percebe-se que, diante das performances das personagens analisadas e as relações por eles estabelecidas, as definições para as categorias mencionadas não são satisfatórias, pois tais sujeitos ficcionais não se enquadram nos moldes binários, social e culturalmente difundidos do que é ser homem, gay ou mulher e, por isso, podem vivenciar suas relações em trânsito.