Este trabalho consiste em uma análise bibliográfica fruto de um estudo em desenvolvimento sobre mães filicidas da atualidade. Pesquisa esta que busca unir os campos da criminologia, psicologia e psicanálise, bebendo da fonte da literatura. O mito grego de Medeia é elencado como alicerce para explorar o arquétipo da mãe cruel, assassina, presente nos contos infantis e na vida real. Entre o mito do amor materno e a tragédia grega, discutimos aspectos sociais e psicológicos que serviriam de contexto para os casos recentes, ocorridos no Brasil, de mães e madrastas assassinas que nos são cada vez mais bombardeados pela mídia. É esse feminino cruel cada vez mais real do que simbólico que pretendemos compreender através dos discursos da psiquiatria, da justiça e da psicanálise.