Historicamente falando, o futebol foi sempre um esporte relacionado apenas para homens, com o passar do tempo, as mulheres foram desmistificando esses tabus e se inserindo neste esporte considerado tipicamente masculinos; que não acontece em outros práticas esportivas. Porém o destaque da mulher na sociedade vem se modificando com o passar do tempo, apesar de não estar ainda totalmente equiparado ao do homem, sendo o esporte, e principalmente o futebol, um lugar em que este cenário ainda contempla tais diferenciações. A sociedade está sempre descontente com a problemática do feminino e do masculino, questões essas que atravessam todos os contextos sociais, seja ele familiar, escolar, profissional. E esta problemática do gênero não se recebe atenção devida. O objetivo desta pesquisa é analisar as principais dificuldades encontradas por atletas femininas no futsal paraibano, discutir o preconceito presente no futebol feminino, dificuldades estruturais e os estigmas associados a esse esporte. Esta pesquisa se encontra em estágio de transição aguardando ser emitido ao comité de ética da UFPB. A pesquisa se caracteriza como um estudo descritivo com abordagem qualitativa e com observação sistemática e participativa por se tratar de descrição de fenômeno. Metodologicamente a pesquisa se alinha aos estudos qualitativos. Para seleção serão alocados como amostra do estudo atletas femininas que participam dos jogos paraibanos de futsal, na cidade de João Pessoa, Paraíba. O processo de amostragem, ou seja, a técnica de seleção da amostra será não probabilística intencional, constituída pelos sujeitos que queiram participar da pesquisa. Para procedimentos de coletas de dados, utilizaremos a Entrevista Semiestruturada (estudo piloto); Análise dos Conteúdos Para o plano de análise dos dados AQUAD 6 (frequência palavras, conceitos, expressões para análise de discurso) emitidas pelos sujeitos. O futebol é uma modalidade extremamente machista e intolerante. Falar sobre homossexualidade nesse contexto é tabu. “Futebol é para homem” é jogo de “macho”, é “esporte viril, varonil”. Talvez, por isso também, que o futebol feminino nunca tenha decolado realmente em nosso território, ainda vive do amadorismo e do talento de atletas abnegadas. Em nossa sociedade o futsal ainda é tido como esporte masculino, desde de muito cedo é imposto que brincar de jogar bola é coisa de menino, mesmo com o crescente número de mulheres praticantes de diferentes idades, ainda há pouca visibilidade e incentivo ao futsal feminino na sociedade que vivemos. Pretendemos através desta pesquisa descontruir estes tabus relacionados aos preconceitos contra as mulheres no contexto do futsal paraibano, fatores que impedem a prática do futsal feminino e uma ascensão de esporte, para que se tenha uma equiparação reconhecida pela sociedade em relação ao esporte masculino.