Ao contextualizar as histórias de vida dos professores, estamos interessados como objetivo principal, analisar e compreender os fatores que influenciaram suas crenças, valores e perspectivas em relação ao ensino e à aprendizagem e isso inclui suas experiências pessoais, educação formal e informal e suas interações com colegas, alunos e comunidade em geral. Por conseguinte, nos remete a uma problemática: como as histórias de vida e as práticas dos professores são moldadas pelos contextos socioculturais em que eles vivem e trabalham? A ideia é que, ao compreendermos as experiências de vida dos professores e as práticas que eles utilizam em sala de aula, podemos obter uma visão mais abrangente do papel que eles desempenham na sociedade e das complexidades envolvidas em seu trabalho. Neste artigo, utilizaremos como metodologia a pesquisa autobiográfica do tipo histórias de vida, no qual será narrada a história de vida-formação da própria autora até sua formação atual, onde serão analisados os aportes teóricos de Josso (2022), Nóvoa (2002), Pineau e Le Grand (2012), Ferrarotti (2014), Delory-Momberger (2014), Dominicé (2014), entre outros. Conforme esse referencial, a reflexão sobre a trajetória pessoal é um movimento investigativo e formador da identidade, a qual não é fixa, pois o sujeito pode reconfigurá-la em virtude de novas experiências e interpretações. Portanto, contextualizar as histórias de vida de professores e suas práticas educacionais é uma abordagem importante para entendermos as complexidades envolvidas no trabalho de ensino em diferentes contextos socioculturais.