Sabe-se que o parto é um dos momentos mais marcantes na vida da mulher e exerce um profundo impacto na construção do ser emocional e social da mãe. Apesar de ser geralmente caracterizado como um momento de extrema alegria, gerado por direitos que prezam a saúde, o bem estar e a integridade física da mãe e do bebê, ainda é comum a violação desses direitos em hospitais, que desencadeiam em diversos traumas nas vidas das parturientes. As violações do direito de escolha da mulher e as interferências físicas e não naturais feitas pelos médicos durante o processo fisiológico do parto estão presentes no âmbito hospitalar e é uma realidade experienciada por diversas mulheres todos os anos. Sendo assim, o presente trabalho tem como principais objetivos compreender o conceito e as diferentes formas de violência obstétrica, analisar as diferentes formas de parir e refletir sobre os benefícios e possíveis intervenções provenientes de cada um desses tipos de parto. A coleta de dados ocorreu através da abordagem qualitativa, no formato de entrevistas em uma roda de grávidas e mães recentes na cidade Campina Grande -PB, na qual buscou-se perceber impressões e experiências positivas e negativas vivenciadas por elas durante o pré-natal e/ou o parto. A partir do que se foi analisado, concluiu-se que há uma inegável necessidade de denunciar a ocorrência de violência obstétrica, assim como a necessidade do empoderamento da mulher frente ao parto através da conscientização dos seus direitos e de suas formas de parir.