Analisar a sexualidade feminina como uma via de dominação e discriminação nas relações de gênero, percebendo suas implicações na sociedade contemporânea é necessário partir da análise e identificar os fatores que historicamente contribuíram para a submissão feminina ao longo dos séculos, apontando à importância em viver bem a sexualidade para uma vida integrada e livre. Para isso, é preciso discutir as determinações patriarcais capitalistas que medeiam a sexualidade e relações de gênero nos tempos atuais, para que também se possa Diagnosticar os ranços conservadores que perpassam o Estado nas relações de gênero e nas práticas educacionais. Depois de muitas batalhas, é preciso identificar algumas conquistas feitas pelas mulheres, sobretudo, através da luta e das reivindicações dos movimentos feministas. A metodologia usada foi a pesquisa bibliográfica quali-quantitativa, que tanto à luz das abordagens das/os autores e autoras consultadas/os, bem com os questionários aplicados às mulheres do CRASI de Pombal, observa-se que na sociedade vigente o sexo feminino ainda vive inúmeras formas de dominação, seja por determinações culturais secularmente postas, seja pela ausência de políticas verdadeiramente universais, que inclua e emancipe a mulher politicamente e dê a ela a liberdade de empoderamento do seu próprio ser. Quando interrogadas acerca da participação da mulher na vida pública, apenas 17% delas disseram estar satisfeitas, enquanto que 83% delas demostram-se insatisfeita com a participação feminina na política, assim como, com as ações do Estado para incluí-la. Após a realização desta pesquisa, surgem sentimentos distintos, primeiro pelo fato de se reportar aos séculos passados e deparar-se com tantas imposições culturalmente impostas à mulher. Por saber que muitas dessas imposições continuam presentes na atualidade, anulando a vida de muitas dessas mulheres. Infelizmente ainda não se alcançou a liberdade de viver bem a sexualidade de maneira integral, sem o julgamento e a submissão ao ser masculino. Esta afirmação se dá, quando analisando a visão das mulheres em relação a este tema, 67% delas, não conseguem tratar e discutir sua própria sexualidade. Contudo, há também no âmago feminino uma imensa alegria pelas conquistas já feitas, pelos direitos consolidados, pelas mentalidades mudadas a começar de muitas de mulheres e partindo para alguns homens que juntos, anseiam pelo um mundo melhor, sem desigualdades e preconceitos. Partindo deste pressuposto, acredita-se na possibilidade de vivenciar novas relações de gênero, em uma sociedade que respeite as diferenças biológicas inerentes a cada sexo, todavia, que não haja desigualdades nos direitos.