No ensino de química, são recorrentes as dificuldades dos estudantes em relação a interpretação, representação e concretização dos conhecimentos científicos nas atividades escolares. Essas situações podem ser resultantes do reconhecimento da natureza abstrata dessa ciência, o que pode dificultar a compreensão dos conceitos trabalhados pelos mediadores. Com isso, a utilização da modelagem de maneira didática e científica como estratégia pedagógica nos ambientes de aprendizagem minimizam as lacunas conceituais vivenciadas nesses espaços, potencializando possivelmente uma construção sólida dos pensamentos no cenário educacional a partir da transposição das concepções do mundo microscópico para o mundo macroscópico. Diante disso, a prática de modelagem assume um caráter auxiliador nas ciências naturais, uma vez que viabiliza as representações mentais de maneira concreta e diversificada na conceituação de fenômenos. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo apresentar uma revisão da literatura acerca do uso da modelagem no ensino de química. A pesquisa utilizada para o desenvolvimento dos procedimentos metodológicos foi de natureza bibliográfica e descritiva, de forma a sintetizar e apresentar o quantitativo de materiais inseridos em diferentes bases de dados (Periódicos CAPES, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações e SciELO) no período de 2019 a 2023. A quantificação dos resultados obtidos mostra a carência de trabalhos acadêmicos que desenvolvem práticas de modelagem no ensino de química, evidenciando a necessidade da construção de instrumentos pedagógicos que aproximem os conceitos científicos dos estudantes, diminuindo os processos de abstração e consequentemente favorecendo a assimilação do conhecimento.