Partindo do documento do Banco Mundial (2022) intitulado “Relatório de Capital Humano brasileiro: Investindo nas pessoas” o presente artigo objetiva reconhecer os interesses do imperialismo norte-americano na educação pública brasileira e, especificamente, (a) relacionar o imperialismo norte-americano e a educação pública à realidade política e econômica brasileira; (b) discutir a teoria do Capital Humano no contexto documento supramencionado; (c) investigar os interesses econômicos do Banco Mundial no cenário educacional e seu impacto na formulação de políticas públicas em educação para a área. Esta pesquisa é, portanto, documental e bibliográfica e está alçada sob o materialismo histórico-dialético enquanto método através de suas categorias totalidade, contradição, ideologia e práxis. Portanto, o artigo parte de referenciais teórico-metodológicos marxistas: Lenin (1997; 2012), TseTung (1975; 1976) e Mariátegui (2008) como referenciais metodológicos e base para compreender o imperialismo e o capitalismo burocrático; Frigotto (1995) Lombardi (2016); Sanfelice (2016) para discutir a Teoria do Capital Humano e a influência do imperialismo na educação pública em educação. O trabalho define o capitalismo brasileiro como capitalismo burocrático atrelado ao imperialismo e subserviente desse, daí surge a interferência dos organismos multilaterais no desenvolvimento de políticas públicas em educação, alvo da investigação aqui empreendida. Relatórios como o aqui estudado têm servido de fundamento para políticas públicas em educação. Essas políticas são baseadas em teorias do imperialismo, em destaque a teoria do Capital Humano, cujo objetivo é desenvolver o capitalismo burocrático e o controle da educação pública voltada à formação de mão de obra para o mercado de trabalho.