As plataformas digitais têm proporcionado uma grande quantidade de ferramentas que podem promover benefícios em diferentes âmbitos da sociedade em que vivemos. Considerando o espaço educacional, podemos observar que existem muitas possibilidades positivas a serem trabalhadas por meio do pensamento computacional, contudo, essa realidade não chega para todos e pode ser excludente para alguns grupos sociais, descumprindo o caráter intercultural que a educação precisa exercer. A presente pesquisa tem caráter metodológico de revisão bibliográfica, com embasamento teórico em três principais autores, Candau (2012) e Fratti (2019) que realizam uma discussão que perpassa os conceitos de interculturalidade e direitos humanos, e Reis (2020) que traz reflexões acerca da aplicação do pensamento computacional no contexto da educação básica. Por meio desse estudo, compreendemos que, para alcançar uma educação intercultural dentro desse meio virtual, ainda existem muitos obstáculos a serem enfrentados, desde questões socioeconômicas que impossibilitam a garantia do acesso à internet e outros equipamentos, até a própria produção de conhecimento no meio virtual que, por vezes é realizada por uma população majoritariamente branca e de classe média alta. Compreender os desafios por traz do alcance de uma educação intercultural no meio digital é, também, refletir acerca de possíveis soluções para que esse campo educacional virtual seja cada vez menos excludente.