O referido estudo traz uma reflexão sobre a evolução psicogenética da escrita de alunos em seu processo de alfabetização da escola pública do Rio Grande do Norte, tendo como referências as pesquisas de Ferreiro e colaboradores. Neste sentido, tem como objetivo relatar, por meio de uma análise comparativa entre as produções escritas de dois alfabetizandos uma criança e um jovem ou adulto, como também compreender as concepções teórico-metodológicas que subjazem à prática de ensino aprendizagem. Do ponto de vista teórico, o trabalho está fundamentado, de forma basilar nas discussões de Ferreiro (2001), Soares (2001), Vygotsky (1998) e outros autores que contribuíram para a construção de novos saberes. Em linhas gerais, os resultados apontam que tanto a criança e o adulto em seu processo de alfabetização entram em conflito cognitivo no momento de registrar a palavra solicitada, o erro é consideração como construtivo no processo de aperfeiçoamento da escrita convencional e o professor que atua nos anos iniciais e/ ou na turma da EJA precisa desenvolver uma proposta de trabalho em que o seu olhar possa enxergar novas possibilidades de ensinar acerca do processo de alfabetização. Portanto, fica evidenciado que a alfabetização é construída ao longo de um processo e as instituições de ensino precisam intensificar uma prática pedagógica que promova o conhecimento sobre o uso social das práticas de leitura e escrita, pois será de suma relevância para o pensamento crítico-reflexivo no contexto atual.