A educação para todos é uma temática recorrente na busca por equidade e justiça social, principalmente no que se refere às necessidades específicas dos estudantes com deficiência e sua participação ativa no processo de ensino-aprendizagem em atividades escolares. Diante disso, este artigo tem como objetivo relatar, de forma reflexiva, sobre a formação inicial de professores de Biologia e sua atuação na perspectiva inclusiva em escolas do Ensino Médio. O estudo possui caráter qualitativo e apresenta um relato de experiência de atividades desenvolvidas pelos alunos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (FECLI), da Universidade Estadual do Ceará (UECE), enquanto bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), junto aos alunos do Ensino Médio de uma escola pública da rede estadual de ensino do Ceará. Os dados foram coletados entre outubro de 2022 a abril de 2023, a partir da observação participante e de estudos de cunho teórico, com leituras bibliográficas e documentais, gerando resultados por meio da triangulação de dados. Percebeu-se que, nas vivências ocorridas no período da pesquisa, tanto os professores em formação quanto os que já atuam, precisam avançar em relação à educação inclusiva, seja na preparação de materiais didáticos, aulas expositivas ou na elaboração de atividades avaliativas adaptadas que atendam às necessidades individuais. Notou-se, também, uma certa resistência por parte dos alunos em interagir com algumas atividades propostas pelos professores, seja por sentirem que tal avaliação não era algo para a sua faixa etária ou pela atividade não ser condizente com suas necessidades específicas. Diante disso, cabe aos futuros e atuais professores, criar uma conexão que possibilite ao aluno com deficiência o aprendizado de forma participativa, especialmente através do Plano Educacional Individualizado, o qual poderá possibilitar melhores resultados na construção do aprendizado de cada estudante.