A questão agrária e os movimentos sociais no campo são chaves de interpretação para compreensão do uso do território na Paraíba, todavia, o que se percebe é uma frágil incorporação dessas temáticas nos currículos e programas de ensino que orientam as práxis pedagógicas das instituições formais de ensino. Reflexo disso, nomes como João Pedro Teixeira, Elizabeth Teixeira, Margarida Maria Alves ou o reconhecimento de movimentos coletivos como as ligas camponesas. Partindo dessa inquietação o presente trabalho objetiva discutir a importância da articulação entre a educação formal e os movimentos sociais do campo no âmbito do estado da Paraíba. Para cumprimento desse objetivo a presente pesquisa tem se desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa que permite estabelecer nexos entre a realidade socialmente construída no campo paraibano e usos dessa fração do território nacional a partir do conhecimento da realidade local. Essa articulação entre a realidade local e o ensino formal se fará por meio da proposição de aulas de campo para conhecer o Memorial das Ligas Camponesas e o Memorial de Margarida Maria Alves, bem como através de outras metodologias que possibilitem uma aproximação entre os conteúdos formais e a realidade vivenciada nos municípios do agreste paraibano. As reflexões em construção permitem afirmar que a aproximação entre os conceitos abstratos formais e a realidade empírica possibilitam uma melhor assimilação dos conteúdos, a medida em que os estudantes nos diferentes níveis da educação formal atribuem significado ao conhecimento produzido a partir da relação, passando então a compreensão o seu lugar e sua posição diante do mundo.