No campo da produção científica é evidente o eurocentrismo como forma hegemônica de construir o saber e de enxergar o conhecimento e, consequentemente, ocultar outras formas de saberes e vivências. Logo, a ciência geográfica não foge dessa “regra”. Entretanto, essa maneira de construir ciência começa a ser revista nos dias atuais, uma vez que é preciso considerar a existência de outros conhecimentos e saberes que também vêm sendo importantes ao longo da história e estão fora do eixo eurocêntrico e etnocêntrico. Nesse seguimento, o objetivo geral deste trabalho é reconstruir, de forma sucinta, uma trajetória histórica da Geografia desde a institucionalização do conhecimento geográfico até a denominada Geografia Tradicional, com o intuito de demonstrar a construção de uma Geografia imperialista, que apesar de todas as importantes contribuições para o desenvolvimento dessa ciência, estava baseada nos interesses da classe dominante dos países europeus. Considerando o pensamento decolonial uma alternativa contemporânea para superar nossas raízes fincadas no eurocentrismo.