O presente trabalho tem como objetivo analisar os condomínios residenciais e empreendimentos imobiliários assim como os processos de fragmentação e segregação urbana em Angra dos Reis. Como uma cidade média, Angra dos Reis passou por um processo de intenso crescimento urbano e populacional que ocorre a partir das décadas finais do século XX. Na medida em que ocorre de forma acelerada, seguindo uma lógica capitalista, esse processo de crescimento trouxe consequências na forma como os grupos de diferentes classes sociais se apropriam e percebem o espaço, levando a processos como a fragmentação urbana e os processos de segregação socioespacial. Nesse contexto, enquanto os grupos mais pobres ocupam os espaços que conseguem, a população mais rica, favorecida pelo Estado e pelo capital, pratica a chamada a auto segregação e se isola dos problemas urbanos, ocupando espaços fechados e empreendimentos imobiliários de diferentes padrões em áreas tidas como nobres. Ao longo da pesquisa, foram realizados procedimentos de revisão bibliográfica, assim como consultas a fontes de dados secundários. Nota-se que o espaço urbano de Angra se apresenta como um espaço segregado, no qual uma parcela expressiva da população habita aglomeradas subnormais nas encostas, enquanto uma pequena parcela pode desfrutar de áreas seguras e bem estruturadas próximas às praias, escancarando as desigualdades presentes na cidade.