O crescimento das metrópoles brasileiras nas últimas décadas tem apresentado reflexibilidade direta no tecido urbano, alterando significativamente esses espaços e impondo novas demandas de análises e pesquisas sobre tais espaços, sobretudo, se considerarmos que as relações entre os municípios que compõem as metrópoles ganham cada vez mais complexidade e particularidades de acordo com o contexto socioespacial. Com o aumento da população urbana, a mobilidade urbana tornou-se cada vez mais importante, pois ela permite que as pessoas se desloquem com mais facilidade entre seus destinos, sendo que o transporte coletivo municipal tem papel fundamental em relação ao deslocamento das massas, esse movimento garante acesso a diversos pontos da metrópole e, consequentemente, garante direitos constitucionais ao cidadão e o direito à cidade De acordo com a Constituição Federal de 1988 , o responsável primário pelo transporte público urbano é o poder público municipal, cabendo “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial” . Partindo desse princípio e diante do contexto em que se encontra o município de Lauro de Freitas, localizado no litoral norte na Bahia e integrante da Região Metropolitana de Salvador (RMS), algumas contradições ocorrem no planejamento dos transportes coletivos do município, impactando em sua interação com a capital com os demais municípios integrantes da RMS. Deste modo, o presente estudo objetivou analisar as implicações da privatização do sistema de transporte público de Lauro de Freitas (BA) diante do contexto metropolitano.