Os museus de história natural europeus nasceram junto as grandes navegações a partir do intenso tráfico de escravizados entre os continentes. A origem das clássicas coleções foi ocultada nas exposições e seguem perpetuando uma política colonizadora. Apresentamos neste ensaio crítico como a colonialidade se fez presente e como o setor educativo promoveu essa interface entre museu e público. Este trabalho foi divido em três partes, a primeira traz uma contextualização histórica de como o espaço educativo ganhou força nos museus ao longo dos séculos; a segunda parte do trabalho salienta a faceta colonial dos museus de ciências, por fim traremos os desafios para a tradução de outras vozes e visões nos museus de ciências pensando a partir de um projeto de doutorado recém iniciado que visa se debruçar sobre um guia de exposições do Museu Nacional, do início do século XX quando as teorias raciais estavam em alta no Brasil.