O estudo teve como objetivo avaliar correlação entre a aptidão cardiorrespiratória e o estado de humor após uma sessão aguda de exercício intermitente de alta intensidade (HIIE; do inglês; high intermittent interval exercise). Treze voluntários do sexo masculino (idade: 23,6 ± 3,9 anos) foram submetidos à um teste incremental máximo (intensidade inicial de 8 km/h e incrementos de 1,5 km/h a cada estágio de 2 min), associado ao monitoramento das respostas cardiorrespiratórias durante o teste. Após 24 horas de intervalo, foi realizada uma sessão aguda de HIIE, que consistiu na execução de dez corridas de 1 minuto a 130% do PCR, intercaladas por 1 minuto de repouso passivo. Antes e após o HIIE, o estado de humos foi avaliado utilizando o instrumento POMS (do inglês- profile mood state), que avalia 6 fatores de humor, sendo eles: confusão mental, raiva, tensão, depressão, fadiga e vigor. Foi realizado o teste de Wilcoxon (amostras não paramétricas) para verificar as alterações no estado de humor antes e após HIIE. Correlações entre índices de aptidão cardiorrespiratória e o score do estado de humor obtido pelo POMS após a sessão de HIIE foi investigada por meio do teste de correlação de Spearman. O nível de significância estatística assumido foi de 5%. Os índices de aptidão aeróbia obtidos durante o teste incremental foram: V?O2max (47,7 ± 8,4 mL/kg/min), a intensidade associada ao V?O2max (13,07±1,99 km/h) e a intensidade do ponto de compensação respiratório (PCR) (10,11±1,5 km/h). Após a sessão de HIIE, houve aumento do fator fadiga (p=0,03) e diminuição do fator depressão (p=0,04), obtidos por meio do POMS. Não houve alteração dos demais fatores do questionário. Não houve correlações entre os índices de aptidão aeróbia (VO2máx, iVO2máx, PCR) e as alterações no estado de humor após HIIE. Concluimos que o HIIE induz a alterações no estado de humor (aumento de percepção de fadiga e redução de depressão) e que essas alterações não se correlacionam com índices de aptidão cardiorrespiratória em homens saudáveis.