Introdução: Em março de 2020, após a Organização Mundial da Saúde declarar a Covid-19 uma pandemia, diversas recomendações foram feitas a fim de conter a disseminação do vírus, entre elas a utilização de máscaras faciais, higienização das mãos e isolamento social. Diversos países interromperam suas atividades não-essenciais, como por exemplo escolas, academias e universidades. As aulas foram suspensas, o modelo de ensino precisou ser reconfigurado e novas medidas de ensino foram adotadas. Com isso, universitários tiveram seus hábitos modificados, contribuindo para um maior tempo de tela e comportamento sedentário. Objetivo: Explorar estudos científicos relacionados ao comportamento sedentário de universitários durante a pandemia da Covid-19. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura a fim de identificar e sintetizar as principais contribuições acerca do comportamento sedentário de universitários durante a pandemia de Covid-19, nos anos de 2020 e 2021. A busca ocorreu na Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores “Sedentary behavior”, “Covid-19”, “Physical activity” e “Students”, com o and como operador booleano. Resultados e Discussão: Foram incluídos 05 artigos dentro dos critérios da presente pesquisa. Após as buscas, verificou-se que com o isolamento social, os universitários passaram mais tempo em casa, contribuindo negativamente para o seu bemestar, sua saúde física e mental. Além disso, encontrou-se associação entre o aumento nos níveis de estresse, depressão e ansiedade com comportamento sedentário. Foi possível perceber que os estudantes reduziram o volume total de atividade física e passaram a ter aumento no tempo sentado. Esses comportamentos contribuíram para uma vida mais sedentária, estando associados ao maior tempo de tela utilizando telefones celulares, computadores e tablets para atividades de lazer e estudos. Conclusão: Pode-se perceber que os estudantes tiveram seu estilo de vida afetado, uma vez que deixaram de se deslocar para suas aulas e passaram a utilizar meios remotos para dar continuidade aos seus compromissos acadêmicos. A consequência disso foi maior tempo de tela e comportamento sedentário, ocasionando aumento de sintomas de estresse, ansiedade, depressão e comportamento alimentar inadequado. No tocante às instituições de ensino, e especialmente ao profissional de Educação Física, destaca-se a importância de promover a prática da atividade física, por meio de ações que desenvolvam uma consciência e valorização do autocuidado sob o acompanhamento e orientação presencial e/ou on-line durante e após a pandemia em se tratando da forma positiva de utilização das ferramentas para tais práticas.