O estudo do comportamento térmico em atletas, se torna relevante do ponto de vista profilático, visto que discrepâncias térmicas consideráveis, podem provocar queda no desempenho e indicar potenciais lesivos na musculatura e articulações. Portanto, o objetivo deste trabalho foi identificar o comportamento térmico em jogadores de futebol pré e pós treinamento. Metodologia: Foram submetidos a avaliação termográfica, antes e imediatamente após uma sessão de treinamento físico e técnico com setenta minutos de duração, vinte e quatro jogadores do time profissional do Batatais Futebol Clube, sem histórico de lesão e com idade média de 20±3 anos. O treinamento foi constituído por exercícios físicos e com bola, apresentando como regiões de interesse (ROI) os seguintes seguimentos corporais dos membros inferiores direito (MMIID) e esquerdo (MMIIE): quadríceps (QUAD), tibial anterior (TIBANT), posteriores da coxa (POSTCX) e panturrilha (PANT). A câmera utilizada foi uma Flir One Plus© que foi posicionada a uma distância de 1m de distância por 1m de altura, como se tratava de uma coleta externa os dados climáticos foram obtidos no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), onde a temperatura ambiente se encontrava a 23°± 3° e a umidade relativa do ar 60% ±10%, a emissividade foi controlada devido ao fato que os atletas se posicionavam a frente de um painel preto fosco. Resultado: Os valores obtidos foram normalizados, tabulados e submetidos à análise estatística (SPSS versão 22.0 for Windows). Os dados foram comparados antes e após o treinamento, por meio do teste t de amostra pareadas, com nível de significância de p ? 0,05. Na avaliação PRÉ-Treino no MMIID: QUAD 34,3°± 1,29; TIBANT 33,5°± 1,59; POSTCX 34,1°± 1,08 e PANT 34,09°± 1,30. MMIIE: QUAD 34,2°± 1,24; TIBANT 33,65°± 1,38; POSTCX 34,07°± 1,04 e PANT 34,19°± 1,10. PÓS-Treino no MMIID: QUAD 32,89°± 0,99; TIBANT 32,02°± 0,79; POSTCX 32,85° ± 0,85 e PANT 31,76°± 0,68. MMIIE: QUAD 32,72°± 0,96; TIBANT 32,04°± 0,91; POSTCX 32,87°± 0,93 PANT 31,67°± 0,72. Houve uma redução termográfica em todas ROI e as diferenças térmicas bilaterais médias foram consideradas clinicamente aceitáveis, é fato literário que a resposta por meio da redução térmica corporal inicial está relacionada com a adaptação fisiológica em relação ao treino, o que afeta positivamente a performance devido a capacidade de armazenar maiores temperaturas internas, resultando a posteriori maiores temperaturas periféricas, subsequente ao início ao processo inflamatório gerado em decorrência aos danos musculares e das ROI hiporradiantes. Em conclusão, os jogadores de futebol de alto rendimento apresentam simetria térmica bilateral nos MMII, sugerindo que uma avaliação termográfica pode ser um instrumento