Entre o público atendido pela Educação Especial estão aqueles com altas habilidades ou superdotação, cujas características apontam uma ou mais habilidades acima da média, alto comprometimento com as tarefas de seus interesses, criatividade e liderança. Entretanto, a literatura indica que o conhecimento sobre esta temática permanece envolto de ideias errôneas que interferem nas relações sociais, na identificação e na inclusão escolar. Diante disso, a família e seu posicionamento frente ao tema tem importância fundamental. Dessa forma, a pergunta que norteou esta pesquisa foi: qual a compreensão parental sobre as altas habilidades ou superdotação? Este artigo teve como objetivo conhecer a representação parental sobre altas habilidades ou superdotação. Participaram da pesquisa quatro mães, cujos filhos(as) já passaram por avaliação formal que identificou tal condição. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de caráter qualitativo. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada, composta de sete perguntas abertas. Na análise dos dados utilizou-se a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. Os resultados indicaram que a representação parental sobre as altas habilidades ou superdotação carregam mitos e crenças construídos socialmente. Com os resultados obtidos, pretende-se nortear o trabalho de profissionais no atendimento à família de pessoas com altas habilidades ou superdotação.