O presente trabalho parte do pressuposto que os nossos alunos de língua inglesa, mesmo em nível avançado, cometem muitos erros em suas escritas. Algumas pesquisas vêm surgindo, no campo do ensino, a fim de comprovarem que os erros causados por esses alunos adultos em nível avançado são, em sua maioria, provenientes da própria aprendizagem da L2, a exemplo de Dulay (1982), Ellis (2003), Richards (1970, 1995) e Figueiredo (2007). Porém, temos visto que é possível encontrar em escritas erros que parecem ser provenientes da interferência da L1. Diante disso, essa pesquisa tem como finalidade analisar se a interferência da L1 também ocorre nos níveis avançados, ou seja, se essa ocorrência de erros, chamados de interlinguais, independe do nível de proficiência linguística do aluno. Apresentaremos um panorama das principais teorias de aprendizagem, desde o behaviorismo até o sociointeracionismo, no qual citamos teóricos como Ellis (2003), Pinker (2004), Littlewood (2006), Beaugrande (1997), Tomasello (2003) e Krashen (1987). Faremos uma análise sobre como os erros são vistos pelas teorias e analisaremos o corpus à luz das duas perspectivas relacionadas a erros: a Análise de Erros e a Análise Contrastiva, tomando por base teóricos como Ellis (2003), Richards (1995), Silva (2000), Santos (2005), Slama-Cazacu (1979), bem como discutiremos como a escrita é vista pelas teorias de aprendizagem, tendo como respaldo Kato (1986). O corpus desta pesquisa é composto de duas composições escritas por alunos de uma escola de línguas em Campina Grande, PB. Os resultados obtidos após a análise das redações, confirmam nossa hipótese de que mesmo em nível avançado, a L1 interfere nas escritas dos alunos, além da própria L2.