O uso de fontes históricas em sala de aula como recurso de análise no processo de ensino-aprendizagem não é uma proposta recente, há diversos registros em relação a sua incorporação nos parâmetros curriculares e em livros didáticos, assim como na defesa do seu uso em sala de aula. Nessa perspectiva, acerca da República de Pernambuco (1817-1824) no que se refere à Revolução de 1817 e à Confederação do Equador em 1824, busca-se trabalhar o uso de fontes primárias, tais como documentos veiculados no período citado, em sala de aula, como uma nova abordagem no processo de ensino-aprendizagem, através das análises das construções históricas, contextualizações, noções de espaço-tempo e memória. Dessa forma, faz-se necessário entender que o emprego de documentos históricos no ambiente escolar não deve ser tratado como um fim em si mesmo, mas sim para atuar nas possíveis respostas de problematizações, indagações entre os professores e alunos, buscando estabelecer o objetivo de construir um diálogo com o passado e o presente, incrementando como referência o conteúdo a ser ensinado. O projeto foi desenvolvido como uma proposta de pesquisa aplicada, diferente do Ensino Tradicional de História, com uso de fontes históricas e instituindo os alunos como sujeitos ativos no processo de construção do conhecimento, a medida em que foi estabelecida a presença em sala de aula, dado pelo Estágio Supervisionado 3, cadeira obrigatória no currículo do curso de Licenciatura em História. Com o objetivo de buscar resultados por meio de questionários, relatórios e análises baseados nos conceitos de Aula-Oficina de Isabel Barca, para verificar através do uso das fontes primárias, como recurso, o processo de ensino-aprendizagem, gerando uma maior aproximação dos alunos com a construção do conhecimento histórico e o ofício do historiador.