O presente texto é resultado parcial de uma pesquisa em nível de doutorado, que se encontra em andamento, junto ao Programa de Pós-Graduação em Ensino, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em que buscamos investigar o que pensam/falam as /os professoras/es sobre a Educação para as Relações Étnico-Raciais nas suas práticas pedagógicas no contexto do Ensino Médio em uma escola pública da Bahia. Trata-se de uma pesquisa narrativa baseada nos estudos de Passeggi, Barbosa (2008), Prado (20013). Recorremos, ademais, às contribuições de autores como Gomes (2000, 2012), Munanga (2001) Silva (2007), Ferreira (2022) Santana (2019, 2020) dentre outros que discutem e pesquisam a Educação para as Relações Étnico-Raciais no contexto escolar. As práticas pedagógicas na concepção de Franco (2016) auxiliam compreender o cotidiano da escola a partir das narrativas de professores/as, buscando investigar e refletir as práticas propositivas bem como os desafios enfrentados para a promoção de uma educação antirracista. A escola, portanto, é um espaço privilegiado para a desconstrução dos efeitos da colonialidade e promoção de uma mentalidade antirracista. A pesquisa aponta para a necessidade da formação inicial e continuada de professores/as voltada a desnaturalizar o lugar ocupado pela diversidade étnico-racial na escola a partir da valorização de saberes outros em contraponto com a perspectiva eurocêntrica de conhecimento.