As plantas medicinais estão relacionadas com o processo de surgimento da vida humana, amenizando sintomas e auxiliando na cura de diversas doenças durante séculos. Sua importância na saúde humana ainda é grande, principalmente para as populações mais à margem da sociedade e mais pobres, como os povos do campo, indígenas, sertanejos, quilombolas e periféricos. A cidade de Flores, no sertão de Pernambuco, recebeu em Junho de 2022 o Projeto de Extensão UFPE no Meu Quintal, da Universidade Federal de Pernambuco. O foco central do Projeto é o desenvolvimento de oficinas, cursos e capacitações à luz da educação popular. O objetivo deste trabalho é trazer um relato de experiência sobre uma oficina desenvolvida no Projeto, que teve como tema: “Farmácia viva: Uso racional de plantas medicinais e confecção de produtos fitoterápicos para comercialização” que teve por objetivo principal ensinar para pessoas de diferentes comunidades de Flores, conceitos sobre uso de plantas medicinais e desenvolvimento de produtos fitoterápicos para venda. Metodologia: A oficina foi dividida em dois momentos, um teórico discutindo os principais conceitos relacionados às plantas medicinais, além da abordagem inicial sobre etnobotânica, os fitoterápicos e suas formas de utilização, também problemas relacionados ao uso incorreto e seus derivados. No segundo momento foi produzido um sabonete fitoterápico de Aroeira (Schinus terebinthifolius), onde foi mostrado o passo a passo da produção, embalagem e comercialização. Resultados: A oficina conseguiu atingir todos os objetivos, reafirmando a necessidade da conservação da biodiversidade da caatinga e a importância desses tipos de produtos para a autonomia da população, em relação ao uso racional dessas plantas na busca não só da cura das doenças, mas também da melhoria de sua qualidade de vida. Ações como essas contribuem na formação estudantil, uma vez que se propõe a trabalhar os conteúdos de forma interdisciplinar e em prática.