A criação cotidiana expressa nos currículos e nas didáticas é uma máxima proposta por Oliveira (2012) que faz pensar na escola como produtora de conhecimento. A pandemia gerou mudanças profundas nas formas de ser/fazer/pensar das práticas pedagógicas. O presente trabalho objetiva narrar os processos formativos docentes e discentes desenvolvidos no âmbito do projeto de extensão “Circularidades na escola pública: significando culturas no cotidiano escolar” do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira(CAp-UERJ), do Colégio Pedro II (CPII) e de escolas da Rede Municipal da Cidade do Rio de Janeiro (SME-Rio) com o foco nas ações desenvolvidas durante os anos de 2020 e 2021, no contexto do isolamento social e do ensino remoto. Entendemos currículo/didática como produção cultural e buscamos evidenciar lutas sociais e políticas pela reafirmação das diferenças na sociedade que ocorrem dentro do campo pedagógico. Propomos ações que possibilitam a produção discursiva dessas demandas, entre elas, oficinas, leituras coletivas, rodas de conversa, etc., apostando num desenvolvimento colaborativo de produção de conhecimentos acerca dos processos de ensino-aprendizagem-ensino, pautando-os em uma significação cultural e apostando na formação humana integral. Metodologicamente operamos com a ideia de conversa, baseados em Skliar (2018), apostando nas rodas de conversa, que ao longo dos anos de 2020 e 2021 ganharam formato virtual, como potência do trabalho pedagógico presente na relação escola-universidade. Assim, a relação sociedade e a escola têm sido instigante nas articulações entre políticas de igualdade e identidades pensando a formação docente e discente. Por fim, reafirmamos a ideia de uma escola produtora de conhecimentos que, narrados coletivamente, vão adiando, um pouco, o fim do mundo e trazendo esperança em tempos sombrios (KRENAK, 2019). Docentes e discentes em rodas de conversa de forma horizontal, dialógica, sensível e política tem sido uma ação constante do Circularidades na Escola.