A Educação Profissional a ser disponibilizada nos espaços de privação de liberdade deve ir além da transmissão de conhecimentos técnicos/específicos que capacitem os apenados para o desempenho de determinadas atividades laborais, devendo buscar a emancipação social do reeducando e buscar desenvolver suas competências de modo a favorecer sua mobilidade social. Frente aos entraves educacionais da educação profissional no âmbito prisional e socioeducativo, a presente pesquisa teve como objeto principal estudar a eficácia da educação profissional para adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas como estratégia para a redução das vulnerabilidades sociais às quais são expostos cotidianamente e também a possibilidade dessa profissionalização se tornar um mecanismo de reinserção do jovem ao mercado de trabalho, possibilitando ao adolescente um recomeço. O presente testudo trata-se, metodologicamente, de uma pesquisa bibliográfica e estudo de caso, tendo em vista as entrevistas realizadas com a equipe pedagógica do Centro de Atendimento Socioeducativo de São José (CASE), onde foi possível observar que apesar da oferta dos cursos profissionalizantes, o jovem, quando tem novamente sua liberdade ainda não está preparado para enfrentar a sociedade, não conseguindo, por diversos fatores, pôr em prática todo o conhecimento e profissionalização recebida durante sua privação, voltando à criminalidade.